-Não! Eu não posso fazer isso!
-Claro que pode, se eu visse que você não poderia, acha mesmo que estaria aqui te chamando? E por que você se inscreveu se sabia que não seria selecionada? Vamos lá! Te vejo amanhã às 3:00 horas.
OK, pra entendermos melhor vamos fazer uma retrospectiva da semana passada, onde estava eu, Nicolle, uma simples estudante, cabelos lisos, madeixas claras envolvidas em um rabo-de-cavalo alto, olhos negros bloqueados por um óculos de grau preto e quadrado, pele clara, uma blusa rosa choque e uma calça jeans desbotada; não era popular, pelo contrário, era caracterizada por muitos de “nerd” “CDF” e outros apelidos que nós conhecemos bem.
-Claro que pode, se eu visse que você não poderia, acha mesmo que estaria aqui te chamando? E por que você se inscreveu se sabia que não seria selecionada? Vamos lá! Te vejo amanhã às 3:00 horas.
OK, pra entendermos melhor vamos fazer uma retrospectiva da semana passada, onde estava eu, Nicolle, uma simples estudante, cabelos lisos, madeixas claras envolvidas em um rabo-de-cavalo alto, olhos negros bloqueados por um óculos de grau preto e quadrado, pele clara, uma blusa rosa choque e uma calça jeans desbotada; não era popular, pelo contrário, era caracterizada por muitos de “nerd” “CDF” e outros apelidos que nós conhecemos bem.
Mas enfim, tudo começou quando anunciaram um show de talentos na escola, a lista de inscrição ficava na parede do refeitório, e lá estávamos nós, eu e Julya, minha prima, e também minha melhor amiga, a única que... Como poderia dizer?! Me aturava. Ficamos lá, observando, e vários pensamentos insistiam em jorrar por minha mente, e entre eles o que mais me intrigava, “porque as pessoas queriam tanto aparecer para toda a escola, e cantar? Qual era a graça?”. Ficamos lá por um bom tempo, aquele papel parecia me encarar. Viro pra Julya e falo para irmos embora, mas antes que eu pudesse terminar a frase, ou até mesmo dar sequer um passo, surge Alecya, ela sim era popular, pele lisa e clara, cabelos loiros, a raiz lisa caia em seus ombros como cachos dourados, e -claro- suas roupas de marca brilhavam mais do que seu colar de pérolas - se é que isso era possível.
Como sempre, ela tinha que parar do meu lado, pra assinar a tal lista de inscrição. Ela assina, dá uma meia volta e diz com ar de deboche:
-É, os shows de talentos hoje em dia estão muito mal freqüentados.
Claro que eu não ia deixar essa passar, então revidei - ou pelo menos tentei revidar:
-Pois fique sabendo senhora metida, que eu não vou participar de show de talentos nenhum, é só para aparecer, pra que iria fazer isso?
-Por favor! Dê outra desculpa mais convincente! Tá na cara que você está com medo, afinal, não teria chances nenhuma de me derrotar, ou até mesmo passar.
Quando ela saiu, num sobressalto, e um gesto quase involuntário, agarrei a caneta e quando ia escrever meu nome na lista uma mão em meu pulso me paralisou; era de Julya, ela me olhou com aquela cara de “você não vai fazer isso” e como se eu fosse vidente, foi exatamente o que ela me falou:
-Competir com Alecya Rints? Só um doido faria isso, agora deixa essa caneta ai e vamos! - Ela me olhou com aqueles olhos de gato que pareciam sair laser.
-Não - eu bati o pé - está na hora de mostrar que eu sou mais do que todos pensam, eu preciso fazer isso!- disse me virando outra vez para lista.
-Mas você mesma disse que tudo isso é só para aparecer na frente da escola toda, vamos! Você é melhor que isso! Alecya não pode te obrigar a fazer qualquer coisa!
As palavras dela jorravam de sua boca como a cachoeira mais forte que eu já vi, eu não queria fazer isso, e nem sei por que fiz, mas depois que a caneta deixou marcado meu nome naquele papel, eu tive a certeza de que alguma coisa iria mudar; pra melhor ou pior não sei, mas iria mudar.
Adiantando novamente, estava eu conversando com Julya e comendo aqueles lanches gordurosos, pouco saudáveis e muito gostosos da cantina, já tinham se passado uma semana, eu já até tinha esquecido essa história de “show de talentos”, quando Martin Wills, um amigo meu de infância, que por acaso, também era da minha sala, e, digamos, sabia bem do meu “talento” escondido; e claro, ele tinha que está coordenando o teste para o show de talentos, e ai que voltamos àquele diálogo, onde ele disse que eu estava selecionada para fazer o teste, e onde, também, eu o retrucava dizendo que não iria fazer isso; e se quer saber de uma coisa? Se arrependimento matasse, eu estaria durinha no chão. Quando eu fiz aquilo estava tomada pela raiva, nunca tinha me apresentado em público. Mas, agora não adiantava chorar sobre o leite derramado, a besteira que eu fiz agora não tinha como voltar atrás.
Chegou a hora do teste, esse mesmo, que escolheria quem ia passar; pensei em dar o pior de mim e acabar logo com essa tortura, mas não sei por que, não era a minha vontade naquele momento... Se eu estava na chuva não era para nada mais, nada menos do que me molhar, ou seja, se já estava lá, iria fazer isso direito; a hora era essa, e se é pra ser será!
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Falaêê galeriinha! Essa é a minha proxima historia...mais é apenas a primeira parte, ainda tem a continuação então entrem pra ver o que vai acontecer com Nicolle e o tal 'show de taletos'
beijos&pãesdequeijo
Kaáh
MyPlace